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Como evitar danos climáticos na plantação de grãos

Um dos principais fatores que limitam o agronegócio é o clima, já que cada tipo de plantação depende de certa temperatura ideal para se desenvolver efetivamente. Além de interferir na produtividade, as condições climáticas também podem alterar todo o ciclo produtivo do cultivo, gerando atrasos em etapas importantes, como plantio e colheita.

Nas últimas décadas os agricultores vêm enfrentando diversas alterações climáticas, seja por excesso de chuvas ou calor extremo. Essa realidade passou a ser um desafio pertinente na agricultura mundial, trazendo diversos impactos negativos para esse mercado, como redução na produtividade e complicações no planejamento. Visto que a produção de alimentos é pensada a partir da sazonalidade climática, eventos extremos geram imprevisibilidade, dificultando o planejamento e prejudicando o desenvolvimento desde o início da plantação. 

Como o clima afeta a plantação

  • Temperaturas mais altas: as temperaturas muito acima do normal podem aumentar a necessidade hídrica das plantas, além de queimar as folhas.

 

  • Temperaturas mais baixas: com a temperatura abaixo do ideal, a planta identifica uma fase de reserva de energia, como se sentisse que está no inverno. Sendo assim, ela paralisa seus processos, impactando significativamente no ciclo reprodutivo.

 

  • Baixa umidade do ar: faz com que as plantas percam muita água pela evapotranspiração, levando-as a murchar e a sofrer outros danos decorrentes disso.

 

  • Alta umidade do solo: o excesso de umidade pode favorecer o aparecimento de doenças em toda a plantação, causando o apodrecimento da área das raízes. O acúmulo de água facilita esse processo, fazendo com que o cultivo seja desperdiçado.

 

  • Sistema agroecológico: as alterações climáticas de uma área também podem interferir nesse tipo de sistema, afetando a relação entre pragas e seus inimigos naturais. Para quem segue o manejo integrado de pragas, esse é um fator importante a ser considerado.

 

  • Índice pluviométrico: as chuvas são fundamentais durante os ciclos de uma planta, sendo necessárias em maiores ou menores quantidades ao longo das etapas. Com isso, o excesso desse fenômeno em épocas nas quais a planta não precisa de tanta água pode afetar severamente a produtividade, assim como a seca.

 

Cultivo de arroz e feijão

Arroz 

O cultivo de arroz é sensível à variabilidade climática. É uma planta que exige calor e umidade, mas não tolera temperaturas excessivamente baixas nem excessivamente altas. A temperatura ótima para o desenvolvimento da plantação de arroz está entre 20 e 35°C, sendo que variam de acordo com a etapa.

  • 20 a 35°C para a germinação;
  • 30 a 33°C para a floração;
  • 20 a 25°C para a maturação.

Feijão

O feijão tem pouca resistência a baixas temperaturas e geadas, além disso, precisa receber bastante luz solar direta. Para o bom desenvolvimento da plantação desse grão, é preciso que ela seja feita em áreas com temperatura entre 18°C e 25°C. Durante o crescimento e desenvolvimento dessa cultura, a ocorrência de temperaturas muito elevadas pode provocar abortamento de flores e redução na produtividade de grãos.

 

3 dicas para que sua plantação resista às variações climáticas

1- Investir em planejamento

É importante incorporar a gestão de riscos decorrentes das mudanças climáticas ao seu processo de planejamento produtivo. Ao identificar os riscos e vulnerabilidades, será mais fácil mitigar os prejuízos e se adaptar às mudanças. Uma  possibilidade de solução são as tecnologias que usam mapas de calor para identificar áreas sensíveis da safra. Estar sempre atento às previsões também é fundamental.

2- Identificar áreas sensíveis da lavoura

A sensibilidade pode ser analisada pelo impacto de um perigo climático, se as culturas plantadas são resistentes ao aumento de temperatura ou à falta de chuva, por exemplo. Após essa identificação, é preciso entender os limites da sensibilidade e, a partir disso, buscar a solução ideal.

3- Adotar sistemas de irrigação

Essa alternativa normalmente é usada quando existe déficit hídrico. Porém, não é qualquer tipo de irrigação que diminui a dependência do clima, já que para irrigar é necessário que exista uma reserva de água e consequentemente, chuva. Apenas com uma irrigação sustentável e inteligente, onde é utilizado apenas o necessário de água, que é possível se tornar realmente menos dependente do clima e das mudanças climáticas.

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