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Cana-de-açúcar: tudo sobre o cultivo e as utilidades

A cana-de-açúcar é uma planta, mais precisamente classificada como uma gramínea. Essa planta é nativa da ilha de Nova Guiné e se espalhou para o mundo gradualmente, sendo que chegou no Brasil em 1520, logo após os portugueses.

A partir da cana-de-açúcar, são gerados dois produtos de grande importância: o açúcar, que é parte da alimentação, e o álcool, para bebidas alcoólicas ou combustível de veículos (também conhecido como etanol). Através do processamento, na maioria das vezes artesanal, também pode ser obtido o caldo de cana, o melado, o açúcar mascavo e a rapadura. 

Para que serve a cana-de-açúcar?

Praticamente toda cana-de-açúcar produzida no mundo vira álcool ou açúcar. Esse processo é relativamente simples, basta moer a cana para fazer escorrer o açúcar em estado líquido, popularmente conhecido como caldo de cana. Se este caldo for fervido, o excesso de água evapora e ele se transforma em açúcar. Se ele for destilado e fermentado, vira álcool. Essa fermentação é feita através do uso de leveduras, alguns microrganismos, para quebrar as moléculas do caldo e ajudar na transformação para o álcool. Continue a leitura e entenda, em detalhes, como estes processos são realizados.

Como deve ser feita a plantação?

O ciclo produtivo da cana-de-açúcar é, em média, de seis anos com cinco cortes consecutivos. As principais tecnologias que contribuem para a produtividade e durabilidade da plantação estão associadas com o melhoramento genético, controle de pragas, os tratos culturais e as técnicas de plantio. Esta fase do plantio é constituída de diversas etapas, para garantir que o resultado seja satisfatório. São elas:

  • eliminação da soqueira: limpeza do terreno se for o caso de uma área nova;
  • subsolagem: preparação para a recepção das sementes;
  • calagem: processo para diminuir a acidez do solo, aumentando o pH e os níveis de cálcio e magnésio;
  • gradagem e aração: mistura das camadas do solo, a fim de obter melhores resultados nutricionais da terra;
  • sulcação: abertura dos sulcos (buracos) para o plantio das gemas; 
  • adubação: adição de nutrientes;
  • distribuição de mudas: espalhar e colocar nos sulcos as gemas de cana;
  • pulverização de herbicida: prevenção às pragas.

Quatro fases de crescimento da cana-de-açúcar

1- Brotação e emergência: estabelecimento da planta no solo, sua saída da terra e aparecimento do broto;

2- Perfilhamento: 20 a 30 dias após o surgimento do broto, a planta começa a se desenvolver e ganhar estrutura; 

3- Crescimento dos colmos: já estabelecida e estruturada, a cana ganha altura a partir do crescimento dos colmos, e já se pode encontrar um acúmulo de açúcar na base. Nessa fase as raízes já estão bem firmes e profundas no solo e as folhas começam a amarelar; 

4- Maturação dos colmos: a cana atinge altura igual ou superior a dois metros, amarelando e tendo suas folhas cada vez mais secas. Fica evidente o acúmulo de açúcar na região. Nesta fase, a planta está pronta para ser colhida e ter seu uso destinado.

Tipos de açúcar produzidos a partir da extração da cana  

Um dos principais produtos extraídos da cana também é encontrado em diversas formas.  As diferenças entre cada tipo de açúcar podem ser notadas no gosto, na cor ou na composição nutricional. Todos eles possuem alto teor de calorias e o poder de aumentar rapidamente o nível de glicose no sangue, portanto, independentemente do seu processo de fabricação, o produto deve ser utilizado com moderação. 

O açúcar pode ser classificado como refinado, cristal, demerara, mascavo, entre outros, dependendo da quantidade de processos contidos e das adições à sua composição. Quanto menos processos, mais forte e encorpado fica o produto final, sendo que a cor e composição nutricional também variam. Descubra abaixo as características de cada um.

  • Açúcar mascavo: Esse é o açúcar em sua forma mais natural. Bruto, escuro e úmido, o mascavo não passa pelos processos de refinamento químico, apresentando um sabor mais próximo da cana-de-açúcar se comparado aos outros. Além disso, existe a  preservação dos nutrientes originais da planta como cálcio, ferro, zinco, magnésio e potássio.
  • Açúcar demerara: Esse tipo de açúcar já apresenta um grau de refinamento leve, mas ainda sem receber aditivos químicos. Retirado diretamente do melado de cana, o açúcar demerara possui cristais úmidos e transparentes e coloração mais clara que a do açúcar mascavo. Seus grãos são marrom-claros e também possuem alto valor nutricional. Conheça o Açúcar Demerara Patéko.
  • Açúcar cristal: Já o açúcar cristal, passa pelo processo de refinamento industrial completo, sendo assim, apresenta um valor nutricional menor que os demais.  Durante a sua produção, o caldo de cana passa por purificação, evaporação, cristalização, centrifugação e secagem. Ao fim do procedimento, temos como resultado os cristais grandes e transparentes. A partir dele são produzidos o açúcar refinado e o de confeiteiro. Conheça o Açúcar Cristal Patéko.
  • Açúcar refinado: O açúcar refinado passa por todos os processos de refinamento padrão, mas também recebe alguns aditivos que atribuem a coloração branca e tamanho dos grãos. O processo de produção deste composto começa a partir da dissolução do açúcar cristal, e em seguida, vai para as etapas de clarificação e filtração. O Açúcar Extra Fino da Patéko é a melhor opção deste produto, já que passa por um processo de refinamento sem aditivos químicos.

Como ocorre a produção do açúcar?

Após a colheita, a cana é levada até o engenho e moída nas moendas. Nesse processo é extraído o caldo (popularmente conhecido como garapa). Depois disso, ele é bombeado para a Fábrica de Açúcar, onde passa pelas seguintes etapas de produção:

Tratamento do caldo: processo de retirada das impurezas solúveis e insolúveis do caldo, como areia, bagacilho, argila, etc. Esse passo pode ser feito através do aquecimento ou de processos químicos;

Evaporação: com o caldo já limpo, o próximo passo é aumentar a concentração do açúcar. Para isso utiliza-se da evaporação, que retira aproximadamente 75% da água presente nesse caldo clarificado para transformá-lo em um xarope concentrado;

Cozimento: esta etapa visa a cristalização e recuperação de 80% a 85% da sacarose presente no xarope. O sistema utilizado transforma o xarope em uma massa que posteriormente será centrifugada;

Centrifugação: após o cozimento, a massa passa por um processo de separação física (centrifugação). O açúcar é centrifugado e lavado com água quente e vapor, tendo como subproduto o mel que poderá ser utilizado no processo de fabricação de etanol;

Secagem: após a centrifugação, o açúcar é encaminhado aos secadores para a secagem e, posteriormente, peneirado.

Tipos de etanol produzidos a partir da extração da cana

Existem dois tipos básicos de etanol: o anidro e o hidratado. O que difere esses dois tipos é a concentração de água: no hidratado, a água pode chegar a 5% e, no anidro, a 0.5%.

Com isso, percebemos que o etanol anidro contém muito mais álcool do que água na composição, o que o torna praticamente um álcool puro. Por isso, ele é destinado a outras finalidades, como a produção de tintas, solventes, entre outros. Para torná-lo um combustível, é preciso realizar um processo de refino antes!

Já o álcool hidratado pode ser usado diretamente como combustível (e é o que encontramos no posto de abastecimento), já que contém mais água na composição.

Como ocorre a produção do etanol?

Para se transformar em combustível, a cana-de-açúcar passa por uma série de processos, se tornando um melaço e até um tipo de vinho antes de ser comercializada. Entenda quais são as etapas logo abaixo. 

Lavagem e moagem: depois de ser colhida, a planta chega à usina de caminhão e é descarregada em esteiras rolantes. Internamente, a primeira etapa de produção é a lavagem com água ou a seco para a retirada da palha e da terra. Logo após, ela é moída e esmagada por rolos trituradores, onde 70% da cana se torna um melaço e 30% o que é chamado de bagaço. Do melaço fabrica-se o etanol, enquanto o bagaço pode ser utilizado na geração de energia na usina;

Purificação e centrifugação: nesse momento o melaço passa por uma peneira e segue para a decantação, buscando a eliminação das impurezas minerais e vegetais. Depois da decantação, o melaço recebe o nome de caldo clarificado. Parte desse caldo é destinada à produção de açúcar e parte é reservada à produção de etanol;

Fermentação: a etapa da fermentação é a mais demorada, durando de 8 a 12 horas. Nessa fase, o melaço é pré-evaporado e misturado com água até formar uma substância conhecida como mosto, que em seguida é unida ao fermento composto por leveduras. As leveduras quebram as moléculas de sacarose, produzindo etanol e gás carbônico. Como resultado, é obtido o vinho, chamado também de vinho fermentado;

Destilação: o vinho apresenta aproximadamente 10% de etanol em sua composição. Nesta etapa ocorre o isolamento do etanol. O vinho é enviado para as colunas de destilação, nas quais é aquecido até evaporar, e logo depois acontece a condensação. Com isso, está pronto o álcool hidratado, usado como etanol combustível, com teor alcoólico de cerca de 96%;

Desidratação: com o álcool hidratado preparado, basta retirar o restante de água contido nele para a produção do álcool anidro. Essa é a etapa da desidratação, em que podem ser utilizadas diversas técnicas;

Armazenamento: o etanol anidro e hidratado são armazenados em enormes tanques, até serem levados por caminhões que os transportam até as distribuidoras.

 Importância econômica da cana-de-açúcar

O agronegócio é uma das indústrias que fazem parte da base econômica do Brasil, movimentando bilhões de reais ao ano, gerando inúmeros empregos e trazendo altíssimos índices de exportação. Atualmente, o país é o maior produtor de cana-de-açúcar, com isso, ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de produção e exportação do açúcar e do etanol. 

Com o aumento da busca por combustíveis renováveis que substituam o petróleo e não sejam tão agressivos ao meio ambiente, a cana-de-açúcar tem se tornado um dos produtos de maior importância global na procura pelo desenvolvimento mais sustentável.

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